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Somos pacifistas tanto quanto desejamos a paz

A minha crença é essa, só podemos transbordar paz, justiça, amor, bondade, benevolência, caridades e etc, se antes soubermos lidar com a ideia de ter família e de ser família.

Somos pacifistas tanto quanto desejamos a paz
Isabella Mendes
02 de outubro de 2024

O nosso cotidiano dificilmente mostra o quanto podemos ser benevolentes e amáveis com o próximo, o quanto conseguimos exercer a fé com os pobres e os necessitados.

Tish Warren, autora de "Liturgia do Ordinário", comunica que "os padrões na vida familiar deixam difícil ser paciente, gentil e generosa". O problema não é perder a paciência ou ser rígido com os que convivem conosco, mas a nossa incapacidade de os tratar com amor .

Nossa hipocrisia reside na negligência de promover a paz e a justiça dentro das nossas casas, mas sermos tão engajados no ativismo exterior.

Todo ser humano dotado de compaixão diria que odeia a guerra, no entanto fundamentalmente é um causador da destruição familiar. A guerra doméstica. É muito fácil se promover em uma roda de amigos como um bom líder, mas a verdade o contradiz no exato segundo em que pisa em sua casa.

Deus, no entanto, nos ensina que manter as boas práticas familiares aumenta a longevidade para os filhos e para os pais, leva os ao lugar de plenitude. Nem todos acreditam nessas promessas e ensinamentos, e tudo bem. Mas é inegável que quanto mais amamos, respeitamos e seguimos os princípios básicos da vida, mais alcançamos um nível de paz.

Descobri que todas as nossas reações emocionais mais básicas e complexas estão armazenadas em um órgão cerebral pequeno, mais conhecido como amêndoa ( amígdala), onde está registrado as informações sobre nossos gostos pessoais, sobre sabores, qualidade e valores.

Portanto, tudo aquilo que consideramos normal ou fruto da nossa personalidade, como o estresse, a violência ou a raiva, são elementos que foram introduzidos em nossa infância. E por grande falta de inteligência emocional, causamos uma guerra em nossas casas, pois é lá que se encontra o conforto e a liberdade de ser "real".

Primeiro, é necessário que haja uma estrutura firme e transparente no ambiente familiar, é necessário que seja um lugar de crescimento e de confiança. Assim, portanto, se eu conseguir amar até os defeitos dos meus pais, eu posso partilhar o que tenho de melhor com outras pessoas.

A minha crença é essa, só podemos transbordar paz, justiça, amor, bondade, benevolência, caridades e etc, se antes soubermos lidar com a ideia de ter família e de ser família. Somos responsáveis por tudo aquilo que cultivamos, já dizia o pequeno príncipe.

Se queremos o melhor para o próximo, precisamos nos cultivar bem. Se queremos um mundo melhor precisamos amar bem. Se queremos mudar as próximas gerações, precisamos ser conscientes dos valores que dizemos carregar.

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