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Fotógrafo urbano

«Originalidade da ousadia»

02 de Novembro de 2020, por MIGUEL CARVALHO
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Bruno Cunha

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Inês Espada Vieira

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João Pires Silva

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Luciano Ferreira

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Mafalda Guia

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Manuel Guedes

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Miguel Carvalho

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Nélio Pita

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Pedro Guimarães

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Ricardo Cunha

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Suzana Ferreira

Quantas vezes somos confrontados com exemplos que nos impressionam pelo testemunho, que nos surpreendem pela originalidade ou até mesmo ousadia em acreditar, fazer, alcançar, para lá mesmo do que entendemos ser possível.

 

Muitas vezes entram-nos em casa pelo ecrã da televisão, passa-nos pelo feed das redes socais ou outra plataforma online, reparamos no folhear descomprometido do jornal, ouvimos na rádio, falam-nos de histórias, vidas ou até acontecimentos que nos enchem de espanto por tamanha grandeza da atitude, coragem, entrega completa!

 

São vidas inspiradoras, histórias grandiosas, exemplos transcendentes, mas vivências simples, humanas, possíveis, mesmo que surpreendentes pela capacidade de ousar ser mais. Todos devemos conhecer alguém assim, que nos admira na dimensão da originalidade que consubstanciam.

 

Quantas vezes no mais simples, encontramos gestos, atitudes, comportamentos, que revelam o quanto podemos ser no que compreendemos do essencial da vida que protagonizamos, preenchida na comunhão que exteriorizamos. 
Essa comunhão de quem encontra complemento no próximo, comunhão de amor que se dá sem reserva, comunhão de Deus que nos transcende para lá do que achamos impossível, comunhão de vida que se supera na confiança de que nunca estamos sós em Cristo Vivo.

 

Nesta dimensão percebemos ser capaz de comungar deste desígnio de subir ao alto das nossas maiores capacidades e participar da disponibilidade na entrega completa do melhor de mim.

 

Difícil, demasiado exigente, talvez impossível, pensamos, quando confrontados com a possibilidade de ser original, ousado, numa vida para lá do circunstancial das rotinas, do conforto que estabelecemos para o que nos chega viver sem grandes atribulações.

 

Arriscado, perigoso, frágil, incomportável, quando preferimos viver sem qualquer risco, preocupados apenas com o bem-estar e a estabilidade do que nos rodeia. Não vale a pena ir tão longe, arriscar, atrever ir mais adiante!

 

É bem mais fácil, até confortável, ser fotocópia dos estereótipos dominantes da sociedade, que entendemos ajustável à personalidade e um pacato modo de viver. 

 

Preocupo-me comigo no reduto do meu ego, na aparente segurança do que me rodeia, sem prejudicar o suposto estado normal do modelo comportamental em sociedade. Ignoro, portanto, tudo o que possa fugir dos padrões, causar incómodo, destabilizar ou alterar a conduta do que deve ser assim.

 

Nas histórias que mexem, desinstalam, admiram, porque demonstram o quanto é possível ser para lá do comum, que entendemos normal, somos surpreendidos pelo exemplo tremendo de um jovem adolescente, sem medida, chamado Carlo Acutis. 

Fica-se completamente estupefacto pelo imenso que em tão pouco foi capaz de superar!

Carlo Acutis não se conformou, ousou, foi mais na originalidade do ser maior.
Encontrou na Eucaristia a plenitude do sentir na relação de Cristo, que se faz presente na dimensão do quanto me revelo em mim pelo amor que transforma. Aceitou a disponibilidade de se dar completamente pelo bem comum. Porque, assim comungamos desta essência que, em Cristo, nos torna mais capazes de acreditar na distância de que sou capaz de ir mais longe, ousar na originalidade e confiar na capacidade de fazer melhor.

 

Em Carlo Acutis, na sua simplicidade, até mesmo fragilidade, mas enorme generosidade, encontramos um extraordinário, tão real, tão concreto, exemplo de viver, interpretando com todos os sentidos a Eucaristia, que é essência e suporte na mais intrínseca relação de fé com Cristo. 

 

Assim, ecoem, as palavras de Acutis: “Todos os dias vivo a Eucaristia como um diálogo constante com Jesus, como uma autêntica esperança. A Eucaristia é a minha autoestrada para o céu”.

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