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Os Vicentinos e a Pandemia covid-19

23 de Setembro de 2020, por M. CARVAS GUEDES
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Bruno Cunha

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Inês Espada Vieira

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João Pires Silva

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Miguel Carvalho

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Pedro Guimarães

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Ricardo Cunha

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Suzana Ferreira

Os vicentinos, agrupados nas suas Conferências e integrados nos Conselhos, que a vários níveis dão corpo à Sociedade de São Vicente de Paulo, estão espalhados por várias zonas das Dioceses e nalguns casos por todas as zonas das mesmas, das mais remotas às mais próximas e de mãos dadas com as suas Paróquias, conhecem os meios em que actuam, conhecem as pessoas e sentem o pulsar do coração dos aflitos, isolados e desvalidos da vida, seja por doença, ou carência de bens essenciais à sua subsistência, seja até por qualquer infortúnio que a vida lhes reservou e atingiu as respectivas famílias, vendo em todos a imagem de Jesus Cristo, ajudando em conformidade, debelando sofrimentos e suprindo necessidade de vária ordem, em comunhão e justiça, buscando a própria santificação pessoal do vicentino.

 

Os vicentinos trabalham sempre; trabalham todos os dias do ano, de manhã até à noite e sempre que surgem as necessidades, ou quando o sofrimento lhes bate à porta, solicitando a sua intervenção. Estão sempre disponíveis e sempre de coração aberto, procuram fazer o melhor pelos irmãos, sem distinção de cor, raça ou credo religioso ou político, fazendo muitas vezes a multiplicação dos bens que partilham.

 

Ser vicentino é fruto de uma vocação assumida e amadurecida, nas relações com o próximo. Em tempos de crise e de maior carência, como é o caso da actual pandemia, que paralisou famílias, empresas e o próprio Estado em muitas das suas funções, os vicentinos são chamados a ajudar e a acudir em múltiplas aflições e urgências. E, embora pessoas de risco, em função da idade predominante na vida vicentina, os vicentinos não deixam e não têm deixado ninguém de parte, sozinho ou isolado. Por contacto directo e pessoal, pelo telefone, ou por pessoa mais nova, a todos dirige a ajuda e o apoio, muito e mais solicitado nos últimos tempos.

 

Por que o desemprego chega a todos e está a chegar ao interior das Dioceses, atingindo famílias inteiras, tem havido necessidade de reforçar as ajudas alimentares, os apoios na aquisição de medicamentos e na ajuda à educação, onde os rendimentos familiares não chegam para pagar as propinas e outras despesas, como, rendas de casa, água, electricidade e gás.

 

Os vicentinos estão assim no terreno para partilharem o que têm e o que são, com todos os que precisam, falando e a todos ouvindo, escutando as suas amarguras e as suas dolorosas histórias de vida. E assim, de forma simples, silenciosa, discreta e humilde, vão dando voz aos que a perderam e vão sendo voz dos que a não têm.

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