Recorda-nos, por estes dias o Evangelho a chegada dos Magos junto do Deus Menino. Vindos do Oriente, guiados por uma estrela, encaminharam-se à procura do que as Escrituras lhes tinham anunciado. O episódio da sua chegada e até do que antecedeu no seu encontro com o rei Herodes é comumente conhecido.

Por estes dias, as festas estão terminadas, os encontros familiares serão agora menos e, há quem o afirme até que a fraternidade, a caridade e a compaixão para com o outro, diminui passados estes dias de Natal.

Mas hoje, ajoelhados ainda diante da figura do presépio, que a tradição nos impõe que se desfaça também por estes dias, somos confrontados com a Missão dos Magos. Que Magos são estes que percorreram terras e caminhos para adorar? Que Magos foram estes a partir desse encontro com o presépio de Belém? A figura destas personagens reflete também a nossa vivência cristã e poderá ser símbolo e testemunho para a nossa vida em comunidade. Um cristão, um verdadeiro cristão, não pode confrontar-se com o presépio e prosseguir para o novo ano como apenas tendo vivido mais um Natal, pelo contrário. Tal como a estrela iluminou o caminho dos Magos, também os cristãos devem assumir-se como luz num mundo tenebroso e de sombras. Após o encontro com Belém que caminho fizeram os Magos? Que anuncio deram do que viram? Que boa nova trouxeram?

Somos hoje convidados, leigos, sacerdotes, médicos, advogados ou professores a anunciar em cada dia, nas nossas comunidades, o nascimento desta esperança que se faz presença humana. Todos os que foram ao presépio não poderão sair desse encontro sem ser tocados pela fragilidade que ali se vive, por isso, temos e devemos anunciar, porque somos cristãos, porque somos crentes, porque testemunhamos, porque também, através de nós, o Menino Deus continua a nascer.