Esta é a maior e mais tradicional das festas dedicadas à Virgem Santa Maria: ASSUNÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA. É a festa da sua entrada na glória, da sua plenitude como criatura, como mulher, como mãe, como discípula do seu Filho, Jesus Cristo.
Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria
Esta é a maior e mais tradicional das festas dedicadas à Virgem Santa Maria: ASSUNÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA. É a festa da sua entrada na glória, da sua plenitude como criatura, como mulher, como mãe, como discípula do seu Filho, Jesus Cristo.
Tal como um rio, que após longo percurso desagua no mar, também a Virgem Maria, depois de todo percurso de fé e fidelidade, desagua na glória de Deus: transfigurada no Espírito Santo, derramado por Cristo!
São Paulo ajuda-nos a compreender o que celebramos quando escutamos na segunda leitura de hoje: “Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram. Uma vez que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos; porque, do mesmo modo que em Adão todos morreram, assim também em Cristo serão todos restituídos à vida” – Eis a nossa fé, a razão da nossa esperança: Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. Ele é o primeiro a ressuscitar, ele é a causa e o modelo da nossa ressurreição. Os que n’Ele nascem pelo batismo, os que n’Ele creem e n’Ele vivem, ressuscitarão com Ele e como Ele.
Assim, em todo o nosso ser, corpo e alma, estaremos, um dia, como a Virgem Maria, revestidos da glória de Cristo, nosso Salvador, estaremos plenamente conformados a Ele! Ora, a Igreja acredita, desde tempos antigos, que a Virgem Maria já entrou plenamente nessa glória. Aquilo que todos nós só teremos em plenitude no final dos tempos, a Santíssima Mãe de Deus, recebeu logo após a sua morte, por ser a “mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça”. Ela já está totalmente revestida da glória de Cristo – Sol de justiça – e esta glória é o próprio Espírito Santo que Cristo, Senhor, nos dá.
Ela, conforme a revelação da primeira leitura, pisa a lua, símbolo das mudanças e inconstâncias deste mundo que passa. Ela está coroada com doze estrelas, porque é a Filha de Sião, filha perfeita do antigo Israel e Mãe do novo Israel, que é a Igreja.
A Virgem Maria, logo após a sua morte – doce como uma dormição, como nos dizem os autores da patrística – foi elevado ao céu, à glória do seu Filho em todo o seu ser. Na verdade, Aquela que esteve perfeitamente unida ao Filho na cruz (cf. Lc 2,34s; Jo 19,25ss), também está perfeita e plenamente unida a Ele na glória. Aquela que sempre foi “cheia de graça” (Lc 1,28), de modo a não ter a mancha do pecado, não permaneceu na morte. O que nós esperamos em plenitude para o fim dos tempos, a Virgem Maria experimenta agora em plenitude, em virtude dos méritos do seu Filho Jesus Cristo.
Mas, a Festa de hoje não é somente da Virgem Maria. Primeiramente, ela glorifica Cristo, Autor da nossa salvação, pois em Maria aparece a vitória sobre a morte, que Jesus nos conquistou. O prefácio da liturgia de hoje afirma: “Vós não quisestes que sofresse a corrupção do túmulo Aquela que gerou e deu à luz o Autor da vida, vosso Filho feito homem”.
Em segundo lugar, a festa de hoje é também festa da Igreja, de quem Maria é Mãe e figura. O prefácio canta: “Ela é a aurora e a imagem da Igreja triunfante, ela é sinal de consolação e esperança para o vosso povo peregrino”. Sim! A Igreja, nossa mãe, venera a Virgem Maria e reforça a sua esperança, pois um dia, estará totalmente glorificada, como a Mãe de Jesus e nossa Mãe, já se encontra agora.
Finalmente, a solenidade da Assunção de Maria é a festa cada um de nós, pois já vemos em Nossa Senhora aquilo que, pela graça de Cristo, o Pai preparou para todos nós: sermos totalmente glorificados em Jesus Cristo, morto e ressuscitado. Aquilo que a Virgem já possui plenamente, nós possuiremos também se, como Ela, vivermos em união com Jesus Cristo!
Então, caríssimos, olhemos para o Céu, voltemos para lá o nosso coração! Celebremos e exultemos! Com a Virgem Maria, hoje vencedora da morte, com a Igreja, que espera, um dia, triunfar totalmente como a Virgem Maria, cantemos as palavras da Filha de Sião, da Mãe da Igreja, pensando na nossa vitória: “A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva. De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas.” (Lc 1, 46-49). A Ele a glória pelos séculos dos séculos. Amém.