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Lições bíblicas

Hoje celebramos o Domingo do Bom Pastor e o 58.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações ... Jesus, bom observador do que O rodeava, conhecia a vida de pastor, e assim aplica essa imagem a Si mesmo: “Eu sou o Bom Pastor”

IV Domingo da Páscoa

1. Hoje celebramos o Domingo do Bom Pastor e o 58.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
“Eu sou o Bom Pastor”. No tempo de Jesus, o pastor era uma figura habitual nos campos da Palestina e por toda a parte. Hoje em dia já nem tanto. Em todo o caso, agora mesmo, espreito pela janela e vejo aqui perto um rebanho com o respetivo pastor, sempre atento a tudo o que se passa, para que as ovelhas, e grande parte delas com os seus cordeirinhos, possam alimentar-se bem e não corram o perigo de se perder. Jesus, bom observador do que O rodeava, conhecia a vida de pastor, e assim aplica essa imagem a Si mesmo: “Eu sou o Bom Pastor”. Desse modo, ficamos a conhecer melhor quem é Jesus, e que relação tem Ele connosco e nós com Ele:

Quem é o Bom Pastor? É Aquele que conhece as suas ovelhas e é conhecido por elas; que não apenas cuida delas e as alimenta e protege, mas faz mais: dá a vida por elas, ao contrário do mercenário, que as deixa e foge; que tem ainda outras ovelhas e quer reuni-las até formarem um só rebanho e seguirem um só pastor.

Alegremo-nos, pois, e demos graças a Deus por termos um Pastor assim: Ele conhece-nos a todos e, n’Ele, somos filhos amados de Deus (2.º leitura). Ele deu a vida por nós e continuamos a celebrar o mistério pascal da sua morte e ressurreição. Ele quer que todos ouçam a sua voz, para fazerem parte do seu rebanho, pois Ele é “Jesus Cristo, o Nazareno” crucificado, ressuscitado, a pedra desprezada, mas a pedra angular, em que temos a salvação (1,ª leitura).

2. Ao longo dos tempos, graças a Deus, não faltaram pessoas que O seguiram, que O imitaram na sua vida e na sua entrega aos irmãos, no seu ministério pastoral e até na sua morte. E hoje não faltam também exemplos de entrega total da vida, ao serviço dos outros e do bem comum.
Alem dos ministérios ordenados, recebidos pelo Sacramento da Ordem, além da vocação à vida consagrada, todos participamos, de algum modo, do encargo de cuidar e animar-nos uns os outros: pais, professores, educadores, catequistas, quem faz voluntariado… Neste tempo de pandemia, não faltam ocasiões para nos aproximarmos de quem precisa, e levarmos uma mensagem de amor e esperança a quem sofre o isolamento, o abandono ou a doença. Que o façamos à imagem de Jesus Cristo Bom Pastor, conforme a vocação e a situação própria de cada um.

3. Na Mensagem para este 58.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o Papa Francisco coloca diante de nós a figura de S. José, neste ano que lhe é dedicado. E apresenta três palavras-chave da vida de S. José para a vocação de cada um: o sonho, o serviço e a fidelidade. Ele diz:

“Como se alimenta esta fidelidade? À luz da fidelidade de Deus. As primeiras palavras recebidas em sonho por São José foram o convite a não ter medo, porque Deus é fiel às suas promessas: «José, filho de David, não temas» (Mt 1, 20). Não temas: são estas as palavras que o Senhor dirige também a ti, querida irmã, e a ti, querido irmão, quando, por entre incertezas e hesitações, sentes como inadiável o desejo de Lhe doar a vida. São as palavras que te repete quando no lugar onde estás, talvez no meio de dificuldades e incompreensões, te esforças por seguir diariamente a sua vontade. São as palavras que descobres quando, ao longo do itinerário do chamamento, retornas ao primeiro amor. São as palavras que, como um refrão, acompanham quem diz sim a Deus com a vida como São José: na fidelidade de cada dia.

Esta fidelidade é o segredo da alegria. Como diz um hino litúrgico, na casa de Nazaré reinava «uma alegria cristalina». Era a alegria diária e transparente da simplicidade, a alegria que sente quem guarda o que conta: a proximidade fiel a Deus e ao próximo. Como seria belo se a mesma atmosfera simples e radiosa, sóbria e esperançosa, permeasse os nossos seminários, os nossos institutos religiosos, as nossas residências paroquiais! É a alegria que vos desejo a vós, irmãos e irmãs que generosamente fizestes de Deus o sonho da vida, para O servir nos irmãos e irmãs que vos estão confiados, através duma fidelidade que em si mesma já é testemunho, numa época marcada por escolhas passageiras e emoções que desaparecem sem gerar a alegria. São José, guardião das vocações, vos acompanhe com coração de pai!”

Pe. José Carlos, CM
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