Celebrar a festa da Páscoa é professar publicamente que Jesus está vivo e a bela história de amor que Ele começou, continua a ser escrita por mim e por ti, por todos os batizados. Sejamos todos portadoras da Boa Nova.
Domingo de Páscoa
Há muito tempo, numa cidade do médio oriente, um homem abriu voluntariamente os braços para morrer na cruz. Nos três anos anteriores, tinha arrastado uma multidão de admiradores que não cessava de aumentar, fascinada pela mensagem do amor e da esperança que anunciava e pelos milagres que realizava. Agora, naquela sexta-feira, no alto de uma colina, às portas da cidade santa, ladeado por um par de criminosos também em suplício, o mestre da Galileia estava praticamente sozinho. Já quase não falava. As poucas palavras dirigidas aos amigos não manifestavam qualquer ressentimento ou rancor. Eram palavras de perdão, de entrega, de abertura a Deus, a quem sempre chamara ternamente Pai.
O episódio não teria sido motivo de polémica nem de notícia se, poucos dias depois, o seu corpo não tivesse desaparecido. Tê-lo-iam roubado? Um número cada vez maior de pessoas afirmava que estava vivo e aparecera aos seus amigos. O pequeno grupo de seguidores procurava, agora, entender o sentido das escrituras e o alcance das suas palavras. Eles comentavam que a história de Jesus continuava através de cada um deles, pela ação do Espírito Santo, em cada tempo e lugar. Jesus confiara-lhes a missão que Ele tinha recebido do Pai. Por isso, os que seguiam Jesus tornaram-se conhecidos como «outros cristos», isto é, os cristãos.
Hoje também eu sou chamado a continuar esta história. Como muitos discípulos, contemplo o sepulcro vazio com a serena certeza, alimentada pela fé, que o ressuscitado está agora, definitivamente, entre nós. Ele vive para que eu tenha acesso à vida em plenitude. Celebrar a festa da Páscoa é professar publicamente que Jesus está vivo e a bela história de amor que Ele começou, continua a ser escrita por mim e por ti, por todos os batizados. Sejamos todos portadoras da Boa Nova.