top of page

IV Domingo da Páscoa

Neste IV domingo da Pascoa celebramos vários dons que estão enraizadas num só: a vontade de Deus de ressuscitar o seu Filho; mostrar o verdadeiro rosto de Cristo no testemunho de ser Bom Pastor, mas também, o dom de abrir as portas e horizontes de discernimento da nossa vocação.

“A vocação é uma combinação entre a escolha divina e a liberdade humana” (Papa Francisco).

Neste IV domingo da Pascoa celebramos vários dons que estão enraizadas num só: a vontade de Deus de ressuscitar o seu Filho; mostrar o verdadeiro rosto de Cristo no testemunho de ser Bom Pastor, mas também, o dom de abrir as portas e horizontes de discernimento da nossa vocação. O Papa Francisco na sua mensagem para a celebração do sexagésimo Dia Mundial de oração pelas Vocações com o tema: Vocação: graça e missão, salienta que, olhando para a nossa vida, celebrar este dia “é uma preciosa ocasião para redescobrir, maravilhados, que a chamada de Senhor é graça, dom gratuito e, ao mesmo tempo, é empenho de partir, sair para levar o evangelho”. A vocação é aceitar e comprometer-se em estar em constante relação com Deus que chama e envia às periferias, ao anúncio da Boa Nova aos mais necessitados.

Olhando as leituras temos vários aspetos para refletir:

O percurso de Cristo Bom Pastor ilumina a fé dos apóstolos. A comunidade pergunta: “que havemos de fazer?” (At 2, 37). O anúncio da luz, da ressurreição de Cristo é feito por homens corajosos “Apóstolos”, mas também da comunhão daqueles que acreditavam e acompanhavam os apóstolos. Sabemos que esta força que motivava os Apóstolos e os que aderiam à fé e que transformavam o seu estilo de vida “tinham um só coração e uma só alma” (At 4, 32), era a força do Espírito Santo. Hoje como sempre Pedro desafia a todos aqueles que tem a curiosidade e a vontade de viver este mistério: “convertei-vos e peça cada um de vós o Batismo em Nome de Jesus Cristo para vos serem perdoado os pecados”.

Ação do Espírito Santo. Para compreendermos o mistério da nossa salvação há necessidade de reconhecer e sentir como sacramento a ação do paráclito. Depois do percurso, o abraçar a fé; o arrependimento e a recepção do batismo, diz Pedro que receberemos o Espírito Santo como sinal da nossa salvação, força para a vida, coragem para os desafios, luz para as trevas e do crescimento do povo de Deus.

A imagem do Bom Pastor. A natureza do Mestre e o convite que faz a todos aqueles que assumem a missão de Pastor das ovelhas de Deus é ser Bom. Ser Bom Pastor é obedecer a vontade de Deus que é entrar pelas portas que Deus dispõe a cada pastor e não pelas portas clandestinas (porta destinada para os salteadores). A porta que Deus abre é para todos aqueles que se sentem chamados para entrar nela. Como sabemos todos os cristãos são chamados a viverem e participarem no tríplice múnus de Cristo (Sacerdote, Profeta e Rei). A imagem do bom pastor é uma imagem que atraí, congrega, ilumina, uma imagem a exemplo da imagem de Jesus, aquele que tem a coragem de sentir o cheiro das ovelhas; que deixa as 99 no deserto e vai à procura da ovelha perdida.

Vocação do pastor. Ser chamado e escutar a voz de Deus. Como diz o Papa, a iniciativa e a vontade é de Deus e a nossa resposta é Sim, aceitando a missão preparada por Deus. O bom pastor é aquele que recebe a chamada de Deus e diz sim, um sim para testemunhar. O testemunho do pastor passa por ser Bom, conhecer as suas ovelhas (procurar estar atento a todos os fiéis, dialogar com eles, mostrar a simpatia e participar abertamente nas suas dificuldades). Dispor-se a sentir o cheiro das ovelhas e procurar unir na dispersão.

Fiéis chamados a terem intimidade com o Pastor. Quando o Pastor cria oportunidades de proximidade há necessidade de confiar nele para que a relação seja de confiança; é a natureza do cristão: “a missão de todos nós, é testemunhar com alegria, em cada situação, por atitudes e palavras, aquilo que experimentamos estando com Jesus e na sua comunidade, que é a Igreja” (Papa Francisco, Mensagem alusivo ao 60º Dia Mundial de oração pelas vocações). Irmão, sabemos que a vida crista é feita de confiança e perdão, e este processo é a compreensão que somos pedras vivas e chamados a fortificar esta Igreja. Fortifiquemos pensando nesta Igreja e nas suas crises. Crises de vocações sacerdotais, religiosas, missionarias e matrimoniais.

Vamos pedir ao Senhor da messe que inspire mais membros para que a messe cresça.

Pe. César Adriano, CM
bottom of page