top of page

HISTÓRIA

PROVÍNCIA PORTUGUESA

DA

CONGREGAÇÃO DA MISSÃO

Província Portuguesa da Congregação: uma "história de recomeços"
(Vê também a Nota da Conferência Episcopal Portuguesa a propósito dos 300 anos de presença da PPCM em Portugal)

INÍCIO: 1717

O primeiro lazarista a chegar a Lisboa para uma fundação, em 9 de Novembro de 1716, é o superior da casa de Monte Célio, o português, padre Gomes da Costa, apoiado num breve de Clemente XI que o autoriza  a erigir a Congregação da Missão em Portugal.
Em 20 de Maio de 1717, o Procurador do Supremo Tribunal da Justiça do Reino concede existência legal à Congregação, e a Província de Roma envia 4 sacerdotes e um irmão para constituírem a primeira Comunidade. Em 1720, adquire-se a primeira casa, a quinta de Rilhafoles, a partir da qual se vai desenrolar intensa actividade missionária durante 119 anos, até 1834.

 

PRIMEIRO PERÍODO: 1717 - 1834

A vida da Congregação em Portugal terá como actividades principais a formação do clero e as missões populares. E desenrolar-se-á à volta de três grandes Centros:
 

A – Lisboa (casa de Rilhafoles) – Só no ano de 1744 regista-se o número de 134 clérigos do patriarcado de Lisboa que se preparam para receberem Ordens Sacras. O espaço geográfico não se limitou à diocese de Lisboa e encontramos nomes de paróquias que pertencem às dioceses de Coimbra, Guarda, Leiria, Miranda e Funchal. 

B – Braga (casa da Cruz) – Nasce de uma Missão popular em 1751. Ao ver o resultado em toda as paróquias onde se realizou, um sacerdote secular concretizou um sonho antigo e doou à Congregação esta propriedade “movido pela piedade e pelo desejo de procurar a salvação das almas”. Durante 80 anos a casa da Cruz foi o centro transformador da vida cristã no norte do País.

C – Évora – A nossa presença em Évora também resultou de uma Missão popular. Começo nas aldeias vizinhas e terminou na Sé de Évora. 

 

A par desta acção missionária dentro do país, desenvolve-se também uma intensa actividade no Oriente e no Brasil:

- Em 1780, sucedendo aos padres oratorianos, os padres lazaristas tomam a responsabilidade do Seminário de Goa, India;

- Em 1784, abre-se um seminário em Macau para a formação de clero chinês;

 

O zelo apostólico dos confrades de então tinha horizontes largos e não se limitou ao vasto extremo oriente. Também o Ocidente os atraiu. Assim em 1819, partem dois missionários para abrir a Missão no Brasil.

Era altamente promissora a vida da Congregação se não fosse a revolução liberal que por decreto de 1834 extinguia todas as ordens religiosas em Portugal. Desaparecia a Província Portuguesa da Congregação da Missão, em Portugal, 6 anos depois de ter sido canonicamente constituída (1828).

 

SEGUNDO PERÍODO: 1857 - 1910

Neste período, a PPCM terá como actividades principais os Colégios, as Missões Populares e o acompanhamento de Grupos e Associações.

 

Neste período, a actividade da Província centrou-se:

A – Igreja de S. Luís do Franceses – Daí irradiou uma intensa actividade pastoral que ultrapassava as fronteiras da Comunidade francesa e atingiu toda a cidade de Lisboa e arredores. A sua imunidade diplomática encorajava actividades religiosas que, nessa época seriam muito difíceis noutras igrejas.

 

B – Santa Quitéria (Felgueiras) – Missões populares, retiros, associações e direcção de um colégio.

 

C – Funchal (Madeira) – Capelães das Irmãs; responsabilidade do Seminário Maior da Diocese; Associações; Missões populares...

Este surto de crescimento vai ser subitamente interrompido pela revolução republicana de 1910 em que foram mortos dois confrades: o padre Alfredo Fragues Visitador e o padre Barros Gomes ilustre cientista que depois de enviuvar se fez lazarista. Dá-se uma nova dispersão, ficando apenas a casa de S. Luís devido à sua imunidade diplomática.

 

TERCEIRO PERÍODO: 1927 - 1975

A principal actividade deste período serão as Missões em Moçambique. Para lá a Província enviou todos os seus efectivos. Além de uma vastíssima zona missionária, dirigimos dois seminários menores e o único Seminário Maior então existente. O clero local passou todo pelas nossas mãos. Além disso contribuímos para a formação da actual classe dirigente. Os seminários foram as escolas de referência.

Em Portugal, a nossa actividade reduzia-se à formação dos nossos e a duas casas de pregação.

 

QUARTO PERÍODO: 1975 - 

​Com a independência de Moçambique, muitos dos confrades missionários regressaram a Portugal integrando a Província que a vieram enriquecer. Neste sentido, a Província começou a caracterizar-se da seguinte forma:

- Uma crescente actividade paroquial, com criação de zonas missionárias (unidades pastorais

- A renovação das Missões populares

- A recuperação da pregação tradicional

- A responsabilidade pelas capelanias hospitalares;

- O investimento na formação e acompanhamento de Jovens (JMV)

- Maior interação na actividade da Famvin

- A ligação com Moçambique onde se encontram ainda 4 confrades.

bottom of page