REFLEXÃO DOMINICAL
DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE
Uma comunidade de Amor...
Albertino
Gonçalves
Padre Vicentino
Nesta solenidade, não nos devemos perder em elucubrações filosófico-teológicas, mas sim devemos vivê-las. Só Deus pode falar de Deus de forma conveniente.
A primeira leitura relata o encontro de Deus e Moisés, no qual Deus se mostra próximo, bondoso. Deus mostra o seu amor, sem deixar de ser transcendente e misterioso.
Na segunda leitura, Paulo utiliza uma fórmula que nós usamos no início das nossas celebrações, invocando um Deus que é Pai, presente contínuo de perdão e amor que é Filho, e que é laço de união pelo Espírito.
O sentido de comunidade aplicado a Deus reflete o ser de Deus como aberto ao amor e necessitado de amor. Deus é relação entre pessoas. Nada melhor que o amor esconde e revela a Deus.
O Filho é a mostra mais clara da capacidade de Deus de dar-se e entregar-se. O Filho é a expressão mais própria para identificar um Deus que é Pai. O Filho é o símbolo mais forte par refletir a relação, manifestada no Espírito.
É tal o grau de amor que nos tem, e tal a dor de que é capaz de sentir por nós, e tal a sua disposição de sacrificar-se por nosso bem, que nos ficou a Cruz: um sinal, um símbolo que ao mesmo tempo nos revela e esconde e reflete tudo isto.
Cravada ao solo e formando uma árvore que nos acolhe a todos com braços abertos, a cruz é, ao mesmo tempo, sinal da nossa salvação e do nosso perdão. Deus quer salvar por amor a todos sem exceção. Uma árvore com três braços. Uma árvore com três braços. Um Deus com três pessoas. Um Deus de relação.
Nesta celebração, podemos ressaltar a nossa fé num Deus único em três pessoas: na saudação inicial, Glória, coleta, Credo, oração eucarística, grande doxologia, bênção final… As leituras são hoje muito breves. Que não passem a “rápidas” e nos passem despercebidas…
Pe. Albertino, CM
(Inspirado a partir da Revista Misa Dominical do Centro de Pastoral Litúrgica de Barcelona)