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Quem somos? O que fazemos e para onde vamos?

Somos seres para a vida e para fazermos da vida um intercâmbio de propósitos, assentes no caminhar comum e na inter-relação efectiva e afectiva, de métodos e conceitos, que nos salvaguardem do facilitismo , do comodismo e do mundanismo que nos cerca e que minimiza e despreza as nossas origens, subalternizando o que somos e de onde somos.

Manuel Carva Guedes
05 de dezembro de 2020

Certamente que já nos interrogamos acerca do sentido da vida e sobretudo no decorrer da presente pandemia, já nos questionamos sobre quem somos, o que fazemos e quais as razões da nossa existência.
Somos Obre Prima da Criação, dotados de inteligência e razão para recriarmos a vida e, com os outros e frente aos outros perspectivarmos a solidariedade, vivida e observada, porque coincidentes na criação e na existência,

Somos seres para a vida e para fazermos da vida um intercâmbio de propósitos, assentes no caminhar comum e na inter-relação efectiva e afectiva, de métodos e conceitos, que nos salvaguardem do facilitismo , do comodismo e do mundanismo que nos cerca e que minimiza e despreza as nossas origens, subalternizando o que somos e de onde somos.

Fomos criados para a coexistência humana e para a partilha entre seres da mesma espécie, do que somos e fazemos, numa auto relação, pessoal e inevitável, enquanto estabelecemos entre nós e entre todos, metas que conduzam a uma existência tranquila e uma global e feliz relação existencial.
A actual situação pandémica deveria constituir uma oportunidade para, de forma directa e profunda, nos questionarmos sobre o sentido da vida, da nossa existência enquanto seres pensantes, sobre quem somos e o que andamos a fazer.

O que fazemos, às vezes com esforço e com vontade acrescida de fazer bem e de fazer melhor, nem sempre é relevado no primado da nossa existência. Quedamo-nos em circunstancialismos e em evidências efémeras que não se identificam com as nossas origens, de onde viemos e para onde vamos.

Fazemos muitas coisas, às vezes coisas belas e oportunas, que, muitas vezes, extravasam as nossas próprias qualidades e capacidades. Mas, fazemo-lo também em razão do nosso sentir, procurando identificar a nossa missão com quem e por quem o fazemos.

Fazemo-lo muitas vezes segundo a Luz que nos ilumina e na razão do bem que almejamos e no ensejo da prosperidade, como seres relacionais e humanos, com outros, convergentes nos objectivos da criação e no peregrinar na história.
Neste peregrinar existencial, para onde vamos e que caminho nos leva e aonde?
Certamente que já apreendemos as razões da nossa existência e não as questionamos; ou quando o fazemos, fazemo-lo como subalternos do comando que não nos pertence, apenas nos deixamos conduzir, seguindo.
Então, para onde vamos? Quem pretendemos ser e quais as razões?
Vamos, certamente, ao encontro uns dos outros, para entre todos e com todos fazermos comunidade de vida, na convicção de que no horizonte das nossas vidas, há outras e perspectivas novas e acolhedoras.
Há expectativas no advir, onde a esperança se renova e a luz refulgente, nos acicata e motiva e de onde brota amor que, por fim, abraçará todos e a existência de cada um, por que é Advento a caminho do Natal e o Senhor vem mesmo.

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