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Num PASSADO com FUTURO

Fernando Soares, CM

01 de dezembro de 2023

Encontro de antigos seminaristas do Amial - anos 90

Até há pouco tempo, a última década do século XX era, para uma boa parte de nós, uma memória tão recente que o convite para o encontro dos ex-alunos/seminaristas da PPCM não soava como um verdadeiro convite a nós dirigido.

Contudo, quase de repente, os “delirantes anos 90” passaram a ser história. E nós que fizemos essa parte da história queremos continuar a aprender, uns com os outros, refazendo os laços de uma história com futuro.

A década de 90 é um daqueles períodos que melhor demonstram que a história não cabe em padrões numéricos muito arrumados (p.ex: 10 anos), pois, temos a clara sensação de que a década de 90 começou um ano antes e terminou um ano depois. Isto é, começou com a queda do Muro de Berlim e o início do colapso da União Soviética, em 1989 e, apenas, fechou com os ataques às Torres Gémeas, no de 11 de setembro 2001. Mas, se estes são os dois acontecimentos de grande escala que marcaram esta década, fenómenos como Baywatch, Nirvana, Pearl Jam, cinema VHS/club vídeo, computador e internet… vão marcar muito mais a nossa a geração dos chamados xennials (geração X + millennials), que nasceram e cresceram no mundo analógico e entraram na vida adulta na era digital.

Paralelamente, na PPCM, o encerramento do Seminário de São José e a concentração da formação na casa do AMIAL, no início, e as Férias Missionárias, no fim, são também dois acontecimentos que vão marcar uma “NOVA GERAÇÃO” de seminaristas. Ora, se sociologicamente falamos da geração xennials, na PPCM podemos falar da geração xAMIAL.

Foram muitos os que viveram esses delirantes anos 90, no nº 1268 da rua do Amial, dos quais, entretanto, perdemos o rasto e há muito tempo não vemos. Desses delirantes anos 90, em espaço vicentino, haverá, certamente, muita coisa boa, má e assim-assim! Umas para esquecer, lembrando para não repetir e, outras, para recordar com saudade e, a partir delas lançar o futuro!

Desejando fazer tudo isso, e de uma forma muito vicentina, conseguimos, no dia 1 de dezembro, reunir no Seminário do Amial, um belo grupo de “eternos” seminaristas num reencontro e «aquele abraço»; uma visita à casa, entretanto renovada, por fora e por dentro; uma breve paragem na Capela para escutar aquela VOZ, através da salmodia; e depois, continuámos a harmonia ao redor de uma mesa fraterna.

Assim, nos revimos nas famílias que constituímos; nos ouvimos, nas melodias da liturgia existencial que, entretanto, nos moldou e, sobretudo, mergulhámos num bastíssimo conjunto de memórias fotográficas e vivenciais, pressentindo, desde já, que há, neste passado, muito futuro.

OBRIGADO pela PRESENÇA

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